Relato e roteiro de viagem ao Peru, onde visitamos diversos destinos do país com carro alugado. Visitamos Machu Pichu, Cusco, Ollamtaytambo, Maras, Estrada de Abra Malaga, Lago Titicaca, Arequipa e o Cânion Colca.
Foram 2000 km rodados em 8 dias, curtindo as estradas e paisagens do Peru. Os transportes utilizados foram avião, trem e carro alugado. Todo o percurso foi por estradas do altiplano da Cordilheira dos Andes, entre 3000 e 4900 metros de altitude.
Como organizar a viagem ao Peru
Comprei as passagens de avião, bilhetes de trem e ingresso de Machu Pichu, reservei carro, pesquisei hotéis, atrações turísticas, meios de transporte, tudo pela internet. Usando o Google Maps e mapa do Peru, tracei meu próprio roteiro, tendo assim total liberdade de escolher onde, quando e quanto tempo ficar em cada lugar.
Seguro Viagem para o Peru
Não é obrigatório ter seguro viagem para ingressar no Peru. Porém, é extremamente recomendável para evitar qualquer transtorno.
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1º dia – Viagem Vacaria – Porto Alegre – São Paulo – Lima
Viagem do Brasil ao Peru
Partimos de Vacaria, no Rio Grande do Sul, às 9:00 da manhã com destino ao aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre – 240 km de carro.
Guardamos o carro no estacionamento do aeroporto e pegamos o voo de Porto Alegre a São Paulo, às 15:17 h.
Chegada à São Paulo às 17:00 h (2:40 h de conexão)
Voo de São Paulo a Lima às 19:40 h (5 horas de voo)
Chegada a Lima às 22:55 h, já no horário do Peru, que tem seu fuso horário com 2: 00 h a menos que o Brasil.
No aeroporto de Lima
Em Lima, fomos encaminhados direto à alfândega onde carimbamos a entrada ao Peru, acertamos o relógio pelo horário local, pegamos as malas na esteira e trocamos apenas 50 dólares no Câmbio do aeroporto que não é muito favorável.
Fizemos check-in e despachamos as malas novamente para Cusco. Como o voo para Cusco só saia as 5:45 h da manhã, tivemos que passar a noite no aeroporto.
Não reservamos um tempo para conhecer Lima, depois bateu um arrependimento, poderíamos ter ficado um dia na capital para conhecer o básico.
O Altier do blog Pé na Estrada tem um post bem completo sobre o que fazer em Lima. A Luciana do Turistando com a Lu tem um post com dicas de hotéis em Lima.
2º dia – Lima a Cusco – Chinchero a Ollamtaytambo
Chegando em Cusco
O voo saiu de Lima as 5:45 h e a chegada em Cusco foi as 07:05 h da manhã.
O voo entre Lima e Cusco é bem interessante, inicia com montanhas no deserto de areia e depois passa por cima de diversos picos nevados.
Pegamos as malas na esteira e tomamos um táxi até a locadora, onde havia reservado um carro econômico, com antecedência com a Rentcars.
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O funcionário da locadora perguntou qual era o meu roteiro e logo me aconselhou a pegar um carro com motor mais forte. Isso devido ao constante sobe e desce das montanhas e à grande altitude local, então aluguei um Corola 1.6.
Tomamos um café em uma padaria e trocamos dinheiro em uma das muitas casas de câmbio, com melhor cotação do que no aeroporto.
Deixamos para conhecer Cusco no final da viagem e seguimos rumo a Ollamtaytambo, via Chinchero.
Chinchero e Salinas de Maras
Após a saída tumultuada de Cusco, a rodovia se tornou bastante tranquila. Nossa primeira parada foi em Chinchero, onde paramos para tirar fotos, e na primeira caminhada, já sentimos os efeitos dos seus 3800 metros de altitude.
Paramos mais à frente em um mirante com vista para o Vale Sagrado, depois entramos à esquerda para conhecer as Salinas de Maras, por uma estrada de terra em boas condições com curvas e penhascos perigosos (15 km, ida e volta).
As Salinas de Maras são minas de sal com lagoas de evaporação em terreno inclinado. Desde tempos pré-Inca, o sal foi obtido em Maras por evaporação de água salgada de um córrego subterrâneo local.
A água é altamente salgada e emerge de uma corrente de água natural subterrânea com fluxo direcionado para um complexo sistema de pequenos canais construídos de modo que a água corre para baixo gradualmente para as várias centenas de pequenas lagoas em forma de escadas.
Saiba mais sobre as Salinas de Maras
Urubamba e Ollamtaytambo
Na sequência, passamos por Urubamba, onde na chegada se tem vistas panorâmicas da cidade, à partir das diversas curvas da estrada de acesso. Ao passar por Urubamba cruzamos por diversos Tuk Tuks (motocicletas de 3 rodas fechadas) utilizados como taxis ou como meio de transporte particular, que se fazem presentes em quase todas as cidades do Peru.
Quando terminou o asfalto, chegamos a Ollamtaytambo, cidade que parece ter parado no tempo, com construções de pedra e montanhas muito íngremes ao redor.
Passamos pela praça e fomos até o hotel reservado, no final de um beco. Tomamos um banho, dormimos um cochilo, pois passamos a noite no aeroporto, depois fomos conhecer as ruínas da cidade. Para entrar nas ruínas é preciso adquirir o boleto turístico, que dá direito a entrar em diversas ruínas, mas não dá para comprar separadamente.
Se não quiser comprar o boleto, em Ollamtaytambo, dá para ver quase tudo por fora, só não dá para subir as escadarias e terraços, já em frente às ruínas, há um grande centro de artesanato. Nas ruas da cidade, há canais onde a água desce das montanhas e circula em boa parte das ruas.
À noite, fomos jantar em um restaurante, provamos a Incakola, refrigerante tradicional do Peru, tem gosto de xarope, meio enjoativo. Quando voltamos ao hotel, dei por falta da mochila, levei um susto, já que estava nela; todo o dinheiro (Soles e Dólares), bem ao fundo, cartão de crédito, documentos, câmera digital e filmadora.
Voltei correndo e chegando lá a mochila estava perto do balcão, dei uma olhada rápida, pareceu estar tudo ali, a atendente chegou e agradeci. Dias depois percebi que estava faltando 50 dólares.
Fomos dormir cedo para recuperar o sono e no dia seguinte pegar o trem às 6:40 h na estação.
Distância percorrida no dia = 100 km
3º dia – Ollamtaytambo – Machu Pichu – Ollamtaytambo
Ollamtaytambo a Águas Calientes de trem
Levantamos as 5:30 h, tomamos o café as 6:00 h, fomos até a praça e pegamos um táxi Tuk Tuk até a estação que era um pouco distante. A vantagem dos Tuk Tuks é que são muito baratos, pagamos 2 soles (menos de R$ 2,00) para andar 1 km.
Já havíamos comprado os bilhetes de trem, pela internet, alguns meses antes, foi só passar no guichê da Incarail e imprimir.
O trem saiu pontualmente no horário descrito e foi serpenteando, junto ao rio Urubamba, entre montanhas muito íngremes até chegar a estação de Águas Calientes.
- Saiba mais sobre Águas Calientes
- Onde se hospedar em Águas Calientes
Águas Calientes a Machu Pichu de ônibus
O próximo passo foi comprar o bilhete dos ônibus que fazem a subida do trecho final de estrada em caracol até a entrada de Machu Pichu.
Como havíamos comprado pela internet, tivemos que ir até o guichê para imprimir os bilhetes, depois entramos na enorme fila de acesso, onde se mistura gente dos quatro cantos do mundo, até que enfim entramos.
Machu Pichu
Machu Pichu é maior do que pensava, decidimos então começar pela parte alta, de onde se tem as melhores vistas clássicas do santuário. É preciso ter um pouco de paciência para tirar boas fotos, já que a disputa pelos melhores locais é grande.
Tivemos muita sorte, o dia estava lindo e com visibilidade ótima, ficamos mais de 3 horas caminhando entre as ruínas, tirando fotos e curtindo. Iniciamos à esquerda pela parte alta, fomos descendo e dando a volta pela parte baixa até que cansamos e resolvemos sair e descer para Águas Calientes.
Saiba mais sobre a cidade perdida dos Incas em nosso Guia de Machu Pichu
Volta a Ollantaytambo
Águas Calientes é o povoado que serve como base para quem visita Machu Pichu, oferece muitas opções de hospedagem, restaurantes e estrutura turística, os turistas que vem de trem a partir de Cusco, geralmente passam a noite no povoado.
Almoçamos, fizemos compras na enorme feira de artesanato local e fomos até a estação aguardar nosso trem de volta. Chegamos, jantamos e voltamos ao hotel. Neste dia o carro alugado ficou parado o dia todo no hotel.
4º dia – Estrada de Abra Málaga – De Cusco a Ayaviri
Havia programado subir pela estrada de Abra Málaga no primeiro dia, mas como estávamos cansados e com sono deixamos para o terceiro dia.
Subindo a estrada de Abra Málaga
Esta fantástica rodovia liga Ollantaytambo a Quilabamba e passa pelo Passo Málaga, atingindo 4330 metros de altitude, com curvas fechadas, cabanas de pedras dos nativos, vistas dos nevados, presença constante de lhamas, alpacas e paisagens fantásticas.
No início sentimos os efeitos da altitude e das curvas, mas fomos chupando balas de coca e foi melhorando. Foram muitas paradas para fotos e após 43 km de subidas, chegamos ao ponto mais alto, a 4330 metros.
Saiba mais detalhes sobre a Estrada de Abra Malaga
Voltamos até Ollamtaytambo e seguimos viagem rumo a Puno, passando por Urubamba, Pisac e próximos a San Salvador, nos deparamos com um congestionamento estranho, com filas de ônibus em cima do asfalto e filas de carros estacionados no outro lado. Vimos que alguns carros seguiam, mesmo na contramão e fomos seguindo, conforme possível, então vimos que se tratava da grande festa do Senhor de Huanca.
Seguindo viagem rumo a Puno
O santuário se localiza 1 km para cima em uma estrada própria, mas a festa invade a rodovia, onde comerciantes levam de tudo para vender e o tumulto é grande. Os carros e vans que vem à festa são todos enfeitados com fitas adornos em amarelo. Demoramos um pouco, mas conseguimos sair daquela confusão.
Em Huarcapay, saímos na rodovia que leva diretamente a Puno e logo à frente, na cidade de Urcos, já que a rodovia passa na praça central, paramos lá para almoçar, onde comemos truta com batatas, prato muito comum, nos restaurantes peruanos.
Seguimos viagem e a paisagem aos poucos vai mudando. Nossa próxima parada foi nas Ruínas de Raqchi, ao lado da rodovia. O local conta com uma bonita igreja de pedra e sua praça, onde peruanas caracterizadas vendem seus artesanatos, onde se acesso às enormes ruínas de um templo e seu povoado inteiro de pedra.
A próxima parada foi no ponto mais alto desta rodovia; Abra La Raya, que conta com um paradouro a 4338 metros de altitude, com vista para os picos nevados, onde as peruanas vendem seus artesanatos.
Chegamos à cidade de Ayaviri e decidimos passar a noite no local. Seguimos até a praça central e ficamos em um hotel, ao lado da bonita igreja matriz. Havia muita movimentação na praça, achamos que era normal, por ser um sábado, mas a noite vimos que também se tratava de uma festa. Iniciou um desfile com pessoas fantasiadas, flautistas e uma banda.
Esta noite foi difícil, onde sentimos bastante a altitude durante a noite, já que a cidade está a 3910 metros de altitude. As duas primeiras noites passamos em Ollamtaytambo, a 2800 metros.
Distância percorrida no dia = 400 km
Distância acumulada na viagem = 500 km
Saiba mais sobre a estrada entre Cusco e Puno
5º dia – Ayaviri a Puno – Lago Titicaca – De Puno a Moquegua
Puno, nosso próximo destino estava a 140 km, mas sabia que tinha que passar pela tumultuada e grande cidade de Juliaca. Havía lido muitos relatos que diziam que o trânsito local era terrível, mas como era domingo achei que seria mais tranquilo.
Ao chegar parecia que iríamos passar facilmente, começou com pistas duplicadas e largas, mas logo apareceu um trecho em obras, onde tinha que desviar pela contramão, então o tumulto começou.
Para complicar havia uma grande feira e virou um caos. Em meio a feirantes e centenas de Tuk tuks, não sabia mais para onde ir. Fui seguindo por uma rua paralela no mesmo sentido da principal, até que consegui achar a saída.
Chegando a Puno
Chegamos a Puno, próximos às 10:00 h da manhã e na entrada da cidade, na parte alta, subimos ao Mirante do Puma, de onde se tem uma panorâmica da cidade de Puno e do Lago Titicaca.
Descemos para a parte baixa, até o ancoradouro do Lago Titicaca e pegamos o primeiro barco que faz um percurso de 6 km até chegar às ilhas flutuantes dos Uros.
Visitando as ilhas flutuantes do Lago Titicaca
São cerca de 100 ilhas artificiais flutuantes, feitas com Totora, onde vivem cerca de 2000 pessoas. A Totora é um tipo de junco nativo da Baía de Puno, no Lago Titicaca, que em uma época do ano solta sua raiz, parecida com um xaxim e que flutua.
Com isso, os Uros amarram diversos blocos desta raiz, formando suas ilhas, depois colocam uma grossa camada das palhas da Totora e com ela também fazem suas cabanas, artesanatos e até seus barcos.
Foi um dos passeios mais exóticos que já fiz. O barqueiro ancora em uma das ilhas e o responsável pela ilha dá toda uma explicação de tudo sobre as ilhas e de como vivem os Uros. Depois expõem seus artesanatos para venda enquanto ficamos à vontade para passear pela ilha.
Após isso levam o grupo em seu barco de Totora e como era horário de almoço, nos deixaram em uma outra ilha, onde funcionam os restaurantes das ilhas, onde o prato principal, adivinhem…trutas, criadas e pescadas ali mesmo, no lago.
Mais sobre Puno e o Lago Titicaca
Seguindo viagem rumo a Moquegua
Voltamos a Puno e seguimos viagem rumo a Moquegua, destino incluído no roteiro, somente para passar pelo deserto, próximos à costa do Peru. O ponto mais alto deste trecho foi em Abra Ojelaca, a 4592 metros. A vegetação foi ficando cada vez mais rala, até que sumiu totalmente até que só restou areia, mesclando partes planas com montanhas, em vários tons.
Próximos ao destino enfrentamos muitas curvas, em uma descida que não terminava nunca, já que enfrentamos um desnível de mais de 3000 metros. Chegamos já era noite e quase ficamos sem gasolina, pois neste trecho não havia “grifos”, como são chamados os postos de abastecimento no Peru.
A gasolina no Peru possui dois tipos de octanagem; Gasolina 84 e 90, e é medida em galões, não em litros. Cada galão equivale a cerca de 3,8 litros.
Passamos a noite no Hotel Colonial de Moquegua, que fica ao lado do estádio de futebol, dá para assistir o jogo do segundo andar do hotel. Foi a noite mais bem dormida, talvez devido a altitude de 1410 metros, bem inferior às outras cidades.
Distância percorrida no dia = 380 km
Distância acumulada na viagem = 880 km
Mais sobre a estrada de Puno a Moquegua
6º dia – De Moquegua ao Cânion Colca
De Moquegua a Arequipa
Seguimos viagem, passando por paisagens fantásticas do deserto, rumo a Chivay. Impressionante, são alguns oásis existentes no local, onde passa um rio, há um grande contraste entre as cores das montanhas do deserto e o vale verde com plantações irrigadas.
Resolvemos passar direto por Arequipa, pois é a segunda maior cidade peruana e não tínhamos tempo para conhecer. Passamos por um lado da cidade e seguimos no altiplano com os vulcões Misti e Chachani, com seus 6000 metros, sempre à vista.
De Arequipa a Chivay
Ao entrar na rodovia que leva a Chivay, começou a aparecer um pouco de vegetação, alpacas e “bofedales” (área meio alagadas do Altiplano Andino). O incrível é que já estávamos acima dos 4000 metros e continuávamos subindo.
Paramos para fotos em um barranco com uma espessa camada de gelo e logo chegamos ao ponto mais alto de todas as estradas que passamos.
O Mirante dos Andes ou Mirante dos Vulcões, que está a 4910 metros de altitude é um ponto de parada dos viajantes, principalmente das vans que vão de Arequipa até o Cânion Colca, levando turistas, todos os dias, por isso é ponto de venda de artesanato.
É uma das passagens mais altas do mundo de onde se avista 4 vulcões nevados; El Misti, Chachani, Ampato e Sabancaya. No local há pedras com a descrição e altitude, direcionada a cada um deles.
Daí em diante iniciamos a descida até a cidade de Chivay (base para visitar o Cânion Colca). Para nossa surpresa, quando chegamos no portal da cidade, fomos barrados em uma cancela. Para entrar no vale do Colca tem que pagar 40 soles por pessoa. Fazer o quê, pagar e reclamar um pouco.
Saiba mais sobre a estrada entre Arequipa e Chivay
Cânion Colca
O ideal para conhecer o Mirante do Condor, e o Cânion Colca é pela manhã, quando os enormes condores costumam sobrevoar próximo ao mirante, mas chegamos por volta das 3:00 h da tarde e não podíamos ir no dia seguinte, pois teríamos que rodar 600 km até Cusco.
Seguimos então para o mirante, os primeiros 10 km são asfaltados, mas são mais 30 km de terra, alternando trechos bons e outros ruins.
Pelo caminho há vários mirantes e dois túneis assustadores, escavados diretamente na terra, sem qualquer revestimento de concreto, a estrada vai subindo e o vale vai ficando cada vez mais profundo.
Chegamos no mirante, as vistas são fantásticas, dizem que é o Cânion mais profundo do mundo, atingindo mais de 3000 metros de profundidade, do topo das montanhas até o leito do rio.
Pela manhã o movimento é intenso, com dezenas de vans, cheias de turistas vindos de Arequipa, mas naquele horário, por volta de 16:00 h, só estávamos nós e mais 2 motoqueiros brasileiros que também se aventuravam, como nós.
Conversamos com eles, apreciamos a incrível paisagem, tiramos várias fotos e por sorte, ainda vimos um condor solitário em um voo rápido. Voltamos até Chivay, onde passamos a noite.
Distância percorrida no dia = 455 km
Distância acumulada na viagem = 1335 km
Mais sobre o Cânion Colca
7º dia – De Chivay a Cusco
A viagem do dia seria longa, 600 km até Cusco, onde queríamos entregar o carro alugado para curtir a cidade a pé, no dia seguinte.
Saímos as 6:00 h da manhã, com temperatura em torno de zero grau, pela mesma estrada que chegamos, até Patahuasi. Depois seguimos até Juliaca por uma rodovia diferente, mas também com bastante altitude, onde os 2 pontos mais altos da estrada foram no Mirador Carlitos (4320 m) e Crucero Alto (4528 m).
Mais belas paisagens, formações rochosas, alpacas e vicunhas até que chegamos novamente na indesejável Juliaca, mas até que esta passagem pelo trânsito foi mais tranquila.
O caminho de Juliaca a Cusco foi sem novidades, já que havíamos passado na ida. O perrengue foi quando chegamos a Cusco. Se formou um grande congestionamento em uma das principais vias, com um acidente em um dos lados da avenida, com isso os carro que desciam começaram a vir na contramão e ficamos meia hora neste caos.
Após sair do tumulto ainda tivemos dificuldade para achar o endereço da Hertz, e quando achamos, por volta das 5:00 horas da tarde, já havia fechado a loja. Como havia um corredor que levava a loja que ficava nos fundos, entrei, abri a garagem e guardei o carro. Arrumei uma pousada bem perto e deixei para entregar a chave e fazer os acertos no outro dia.
Tomamos um banho, seguimos até a famosa Praça das Armas de Cusco e jantamos em um restaurante do centro.
Distância percorrida no dia = 600 km
Distância acumulada na viagem = 1935 km
8º dia – Conhecendo a cidade de Cusco
Este dia foi reservado para conhecer a cidade de Cusco, capital arqueológica da América, a 3400 metros de altitude.
Fomos cedo a locadora fazer os acertos, onde encontramos outro casal de brasileiros esperando para alugar um carro.
Seguimos agora a pé pelas ruas de Cusco, conhecendo várias igrejas, praças e muitas ruas estreitas com muralhas de pedra. Seguindo um mapa com as principais atrações da cidade, fizemos um roteiro com os mais interessantes.
A Praça das Armas (principal praça de Cusco) é provavelmente um dos lugares onde mais se misturam pessoas dos quatro cantos do mundo, assim como toda a cidade de Cusco, num impressionante e constante movimento de turistas. Recebeu em 2012, mais de 2 milhões de turistas.
Subimos até a Praça San Cristobal, de onde se tem uma boa vista da cidade, depois seguimos para grande Mercado central de Cusco, onde se pode ter uma ideia da grande variedade de produtos agrícolas e da cultura peruana.
Conhecemos várias frutas diferentes, milhos de todas a cores, grande variedade de artesanatos. O local também é um grande ponto de degustação, onde se servem sucos de todos os sabores, feito na hora e almoços típicos com preços muito baixos.
À tardinha voltamos à pousada e depois fui em várias casas de câmbio até achar uma que tivesse Reais para trocar os Soles e Dólares que me restaram, deixando apenas um pouco para o táxi e algum gasto no aeroporto.
Leia também – O que fazer em Cusco
9º dia – Volta pra casa (correria nos aeroportos)
Dia de ir embora…
Tomamos nosso café tranquilamente, atacamos um táxi na porta da pousada e seguimos para o aeroporto. Fizemos o checkin, troquei o resto de Soles que tinha, e aguardamos o voo das 11:00 h, que sai com 30 min de atraso.
Como era um voo nacional e o próximo internacional, teríamos que pegar nossa malas na esteira e despacha-las novamente. Ao chegar em Lima, fomos encaminhados à alfândega, onde entregamos o papel de imigração, junto com o passaporte para dar saída do país.
Em Lima bateu um arrependimento porque não ficamos pelo menos um dia para conhecer a cidade, depois que viajei fiquei sabendo que a companhia oferecia a opção de stopover, mas paciência, fica para uma próxima.
Pegamos as malas na esteira e seguimos até o check-in da Lan, mas para nossa surpresa, falaram que o voo era da Tam, então tínhamos que procurar o check-in da Tam.
Corremos de um lado para outro procurando percebemos que não existia balcão de atendimento da Tam, ficamos sem saber o que fazer e sem muito tempo, aí um funcionário do aeroporto nos informou que teríamos que ir direto ao portão de embarque e despachar as malas lá mesmo.
Então fomos passar pelo raio X e tivemos outro problema…, minha mala acusou alguma coisa e disseram que iam revistar. Havia levado um canivete, daqueles multi-uso e uma alicate dobrável. Já que íamos viajar muito de carro, levei para algum imprevisto.
Já haviam me tomado um canivete desses em uma outra viagem, quando carregava na mochila, como bagagem de mão, não imaginava que teria que passar a mala pelo raio X, pois a mala é despachada sempre no Check-in, sem problemas.
Pronto…, me tomaram de novo. Liberados, saímos quase correndo pela imensa área de embarque até encontrar nossa portão, que era um dos últimos. Chegando lá, já estava se formando a fila de embarque, então despachamos nossas malas e respiramos aliviados…, mas ainda no corredor de embarque, uma agente peruana quis revistar nossa mochila e bolsa…, nunca havia passado um apuro desses nos aeroportos.
Finalmente embarcamos! O voo Lima a São Paulo leva 5:00 horas, passa por cima dos desertos peruanos, Lago Titicaca, La Paz, atravessa a Bolívia, Mato Grosso e estado de São Paulo.
Por incrível que pareça, em São Paulo tivemos outro apurão, minha mala chegou quebrada e como o aeroporto está com obras gigantescas houve troca de portão, chegamos em cima da hora, de novo para o embarque.
Chegamos em Porto Alegre a 1:00 h da manhã, pegamos nosso carro no estacionamento e resolvi dirigir os 240 km e seguir direto para Vacaria, de madrugada. Chegamos as 4:30 h da manhã, muito cansados após um dia muito tumultuado.
Mas no final das contas, correu tudo bem, não pegamos chuva em momento algum e aproveitamos o máximo da viagem.
Dicas sobre a viagem ao Peru
Confira nossas dicas sobre o Peru:
- Procure ir fora da época de chuvas, que é entre novembro e março, principalmente, na região de Cusco e Machu Pichu. Fui em setembro e só peguei dias de sol.
- Se for alugar um carro no Peru, não pegue com motor muito fraco. O país é muito montanhoso, com subidas e descidas frequentes e a altitude interfere no rendimento do motor.
- Procure ir se adaptando aos poucos à altitude. Passamos as duas primeiras noites em Ollamtaytambo (2800 m) para depois ir para regiões mais altas.
- Ao entrar no país, você receberá um papelzinho de imigração, cuidado para não perder, pois terá que devolver na saída.
- Para entrar no Peru, não é necessário passaporte, nem visto. A Identidade brasileira é válida, mas não pode ser muito antiga (com mais de 10 anos).
- Se viajar pelas estradas peruanas, procure encher o tanque quando ainda estiver pela metade, as cidades e os postos (grifos, como são chamados lá) são muito distantes. Entre Puno e Moquegua, quase fiquei sem gasolina.
PACOTES DE VIAGEM – VIAJAR BARATO. Pacotes completos e baratos no Brasil e no mundo. Cruzeiros nacionais e internacionais.
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olá
parabéns pela bela bela viagem
vou ao peru em julho, e pretendo alugar um carro em cuzco para percorrer a região do vale sagrado. estarei com uma criança de 12 anos, as estradas e acessos estão em boas condições?
quanto as pilhas de pedra a beira da estrada, voce também as encontra no chile, principalmente na região do atacama, mas em várias partes do país.
abç
jose roberto
Espetacular!!!!!
Obrigada por dar-nos o prazer de conhecer melhor destinos fantásticos…
Êxitos!!!!!
Visitar Machu Picchu é sem dúvida uma experiência inesquecível e obrigatória para quem busca aventura e contato com a natureza.
Parabéns pela viagem!
Você poderia dizer quanto gastou com hotel, combustível, comida e entrada de parques.
Valéria
[email protected]
Obrigado Valéria!
Gastei em torno de R$ 6000,00
A gasolina é vendida em galão, mas o preço se equivale ao do Brasil.
Quanto ao hotel, depende da qualidade que você deseja. Existem opções bem baratas no Peru, onde você pagamenos de R$ 100,00 a diária para o casal.
O que é salgado é o trem, ônibus e entrada para Machu Pichu. Vai gastar de R$ 400,00 a 500,00 por pessoa.
Ola galera, tudo bem?
primeiramente parabéns pelo blog, ótimas dicas!!
Para chegar a Machu Picchu, uma dica fundamental é reservar um hotel em Aguas Calientes para a noite anterior à visita. Assim você consegue chegar bem cedinho ao parque e ainda aproveitar o nascer do sol que deixa toda a cidade dos Incas com um ar ainda mais especial e mágico.
agora temos dos horários para entrar a Machu Picchu a primeira é de 6 am ate 12:00 e o segundo turno é de 12:30 ate 17:30 compre suas entradas para o santuário com antecedência.
lembem que o Peru tem muitos outros lugares maravilhosos
value suas dicas!!
Olá, Jair, sem dúvida uma viagem planejada, muito bom. Tive a sorte de ir a Machu Picchu e, assim como você, fiquei encantado com esta maravilha. Pessoalmente recomendaria chegar a Machu Picchu pelo Caminho Inca pela experiência única que é. Outra opção muito boa é subir Huayna Picchu. Um abraço.
A trilha Inca é um sonho para os amantes de longas caminhadas. Uma ótima dica para quem tiver tempo disponível.
Conhecer Machu Picchu é incrível. Obrigada por compartilhar a sua experiência.
Foi o melhor relato de viagem que já li,vc e minucioso nas explicações,pra quem vai pela primeira como eu é essencial os detalhes.
Obrigado Elisete! Que bom que o relato está te ajudando.
oi sou peruano, este blog está muito bem, parabéns, praticamente você fez o passeio pelos lugares turísticos mais importantes de peru. Hoje em dia algumas coisas mudaram, mas vale a pena fazer este tipo de percorrido ao longo do Peru. Tenham muito cuidado com os bilhetes de ingresso para o parque de Machu Picchu, sempre e bom fechar com antecedência.
Oi, por outro lado também sempre e bom fechar sua viagem com antecedência se você vai principalmente para o Peru e Machu Picchu, isso principalmente pela limitação nas vagas de ingresso, e por outro lado não deixa de ser importante fechar o passeio com uma empresa 100% local peruana, porque aqui no brasil o valor será muito mais elevado porque eles normalmente terceirizam suas vendas para essas companhias peruanas.
Vivi uma experiência incrível explorando Lima e Machu Picchu em minha viagem ao Peru! Além disso, descobri destinos deslumbrantes em Cusco, como a Montanha de Cores. Foi simplesmente surpreendente!