Veja como foi nosso Roteiro Chile e Argentina de carro. Foram 8000 km de camioneta saindo do Rio Grande do Sul, atravessando a Argentina e o Chile, com uma passagem também pelo Uruguai.
Essa é uma viagem cobiçada por aventureiros que gostam de uma boa e longa road trip. No trecho que percorremos, os principais atrativos foram, principalmente as travessias da Cordilheira dos Andes e as paisagens de vulcões e montanhas emolduradas por lagos.
Roteiro Chile e Argentina de carro
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- Planejamento roteiro Chile e Argentina de carro
- Números da viagem Argentina e Chile
- 1° dia: Vacaria a Uruguaiana – Rio Grande do Sul
- 2° dia: Uruguaiana a Santo Cristo – Argentina
- 3° dia: Santo Cristo a Mendoza – Argentina
- 4° dia: Travessia da Cordilheira dos Andes – Mendoza a Concón – Chile
- 5° dia: Concón a San Carlos – Chile
- 6° dia: San Carlos a Pucón – Chile
- 7° dia: Pucón a Puerto Varas – Chile
- 8° dia: Passeios em Puerto Varas – Chile
- 9° dia: Travessia da Cordilheira – Puerto Varas a Bariloche – Argentina
- 10° dia: Passeio em Bariloche – Argentina
- 11° dia: Bariloche a General Acha – Argentina
- 12° dia: General Acha a Nogoya – Argentina
- 13° dia: Nogoya a Santana do Livramento – Brasil
- 14° dia: Santana do Livramento a vacaria – Rio Grande do Sul
- Mapa do roteiro Chile e Argentina
- Dicas do roteiro Chile e Argentina
Planejamento do Roteiro Chile e Argentina de carro
Uma viagem dessas requer um bom planejamento. Foram meses pesquisando mapas, imagens de satélite, relatos e sites na internet, até definir o percurso, as atrações a visitar e a documentação a providenciar.
Documentos necessários
- CNH brasileira é aceita para dirigir nos 3 países;
- Seguro temporário para 15 dias (Carta Verde) exigido na Argentina e Uruguai;
- RG – Carteira de Identidade de todos (não pode ser muito antiga).
- Na Argentina o veículo deve circular portando: 2 triângulos, um cabo de aço de 2 metros aproximadamente, para reboque, e estojo de primeiros socorros.
- Nos 3 países, é obrigatório circular sempre com a luz baixa acesa.
- Para viajar ao Chile é exigido Seguro Viagem.
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O Seguro Viagem é obrigatório para entrar como turista no Chile. É preciso fazer a contratação antecipada, ainda no Brasil, de um plano para a América do Sul, com cobertura mínima de 30 mil Dólares. Reservando aqui pela Seguros Promo você tem 5% de desconto e + 5% se pagar via PIX ou boleto.
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Por onde andamos
Mais que uma viagem, um sonho realizado. Foram 7800 Km de estrada em 14 dias.
Saímos de Vacaria (RS) e fizemos o seguinte roteiro: Vacaria, Uruguaina (RS) Santa Fé, Cordoba, Mendoza (Arg). Fizemos a travessia da Cordilheira e no Chile visitamos Viña Del Mar, Valparaiso, Pucon, Valdivia, Puerto Varas (Chile).
Atravessamos novamente a Cordilheira e voltamos à Argentina por Baliloche, El Chocon, Neuquen, Santa Rosa, Rosario (Arg). Entramos no Uruguai por Paysandu a Rivera (Uruguai). Voltamos ao Brasil por Santana do Livramento e seguimos até Vacaria.
Correu tudo bem na viagem, a camioneta não apresentou qualquer tipo de problema. Mas tivemos pequenos contratempos com a Polícia Caminera Argentina, e na fronteira Argentina-Uruguai. (mais detalhes no relato abaixo).
Alguns números da viagem Chile e Argentina de carro
- Fomos: eu, minha esposa e meus 2 filhos de 8 e 13 anos, na época.
- Viagem de 14 dias, atravessando o Rio Grande do Sul, 11 províncias da Argentina, 8 do Chile e 4 do Uruguai.
- Foram 7800 Km rodados
- 1500 Km no Brasil – 2 dias (8 pedágios)
- 4250 Km na Argentina – 7 dias (8 pedágios)
- 1700 Km no Chile – 5 dias (17 pedágios)
- 350 Km no Uruguai – meio dia (3 pedágios)
- A média de percurso, por dia, foi de 520 Km, porém em um trecho sem atrações, chegamos a rodar 900 Km num dia. Viajamos somente de dia.
- As estradas Chilenas são perfeitas, coisa de primeiro mundo, mas com muitos pedágios.
- Na Argentina as estradas são boas, considerando que quase não existem pedágios e quando tem, são muito baratos.
- No Uruguai, onde tem pedágio é perfeita, mas pegamos um trecho ruim.
- No Brasil, nos trechos gaúchos, onde passamos, onde tem pedágios não era tão bom quanto deveria e onde não tem, estava com trechos péssimos.
- Foram gastos em torno de 700 litros de Diesel
- O diesel na Argentina era de 15 a 20% mais barato que no Brasil e no Chile 8%
- No Uruguai não houve abastecimento
Quanto às hospedagens, foram muito variadas.
- 2 noites em Hotel;
- 5 noites em pousadas;
- 6 noites em cabanas mobiliadas;
Roteiro Chile e Argentina de carro – 1º dia – De Vacaria a Uruguaiana – Brasil
Distância do dia: 770 Km
Saímos as 7h da manhã, sem muita pressa, pois só poderíamos entrar na Argentina no dia seguinte. Isso porque seria a data de início da vigência do seguro Carta Verde, contratado para 15 dias.
O início do trecho foi sem muitas novidades pela BR 285. O primeiro atrativo da viagem foi por um desvio da rota para as Ruínas de São Miguel das Missões.
Ruínas de São Miguel das Missões
Desviamos o caminho em 16 Km, até a cidade de São Miguel das Missões, para visitar as Ruínas de São Miguel, pois minha esposa e os filhos ainda não conheciam.
Como já era meio-dia, almoçamos na entrada da cidade e logo seguimos para as Ruínas, que ficam praticamente dentro da cidade. Trata-se das ruínas de uma enorme igreja e muitos alojamentos, construídos pelos jesuítas e os índios Guaranis a mais de 300 anos. Além disso há um museu de estátuas esculpidas em madeira e pedra.
Mais sobre São Miguel das Missões
Seguindo viagem, após passar por Itaqui, nos deparamos com uma grande ponte metálica sobre o Rio Ibicuí. Esta ponte foi aproveitada de uma antiga linha de trem. Por isso é muito estreita e é controlada por semáforo, comandado por 2 pessoas em 2 guaritas, pois só passa um veículo por vez.
A dirigir por ela é preciso ter atenção constante, não dá para olhar para os lados, pois é muito estreita e tem 1400 metros de extensão.
Uruguaiana
Chegamos a Uruguaiana, por volta das 19h e fomos direto para a Aduana para trocar Reais por Pesos Argentinos. Depois saímos para comer, fomos até a ponte e na praça central da cidade. Nos hospedamos no Fares Turis Hotel.
Roteiro Chile e Argentina de carro – 2º dia – De Uruguaiana a Santo Cristo
Distância do dia: 805 Km / Distância acumulada: 1575 Km
Imigração em Passo de Los Libres – Argentina
Tomamos café no hotel e seguimos viagem por volta das 8h. Atravessamos a ponte e entramos na Argentina, e logo a frente estava a Aduana Argentina. Os guardas da Germanderia (exército argentino) nos perguntaram para onde íamos e nos mandaram estacionar no pátio para fazer a migração.
Como eu já tinha experiência em uma viagem para o Uruguai, deixei todos os documentos separados em uma pasta. Preenchemos a papelada de entrada na Argentina, após alguns carimbos e uma meia hora de burocracia, seguimos viagem.
No dia anterior eu havia me informado no hotel sobre a polícia corrupta da província de Entre Rios, com um vendedor que me disse para deixar uns trocos separados para propinas, então só deixei na carteira alguns trocados.
Perrengue com a polícia corrupta da Argentina
O início do trecho argentino estava todo em obras, estavam duplicando a Ruta 14 entre Paso de Los Libres e Buenos Aires. Quando cheguei no cruzamento para pegar outra ruta para Santa Fé, um guarda me atacou, e me pediu sem nem uma cerimônia:
– Estamos aceitando uma contribución para gasolina.
Comecei a vasculhar minha carteira, procurando 10 pesos, e ele me disse:
– También aceptamos reales.
Entreguei 10 Reais a ele e me desejou boa viagem (o safado). Não era Policial Rodoviário, deveria ser da Germanderia.
Segui viagem, meio apreensivo, pois havia lido muitos relatos da Policia Camiñera (a Policia Rodoviária Argentina). Eles tem o costume de extorquir os brasileiros, na província de Entre Rios, justamente onde eu estava atravessando.
Todo esse trecho é extremamente reto e plano, coberto por pequenas árvores meio secas, por isso os pássaros faziam seus ninhos nos postes, pois eram mais altos. Aliás, enormes ninhos, e era raro um poste sem ninho. O que não faltava eram pássaros atravessando a pista a todo o momento. Sem falar dos insetos que se espatifavam no pára-brisa. O calor também era intenso desde o início da viagem.
Parei para abastecer na cidade de Federal, pois já havia andado 1000 Km. Uns 60 Km adiante, dentro do indesejável previsão, lá estava a Polícia Camiñera de Entre Rios. Quando viram que era placa brasileira, não deu outra! Me mandaram parar no acostamento.
Começaram a me pedir documentos: do veículo, carteira de motorista, Seguro Carta Verde e mata-fuego (que é o extintor). Pegou meus documentos, foi para trás da camioneta e ficou observando, até que se dirigiu para o posto e pediu que eu esperasse. Eu logo percebi que iam complicar minha vida.
Dali a pouco me chamou, e meus documentos já estavam com outra guarda, com farda diferente, que deveria ser o chefe deles. Perguntou-me se eu vi a placa na rodovia sobre a velocidade que era de 110 Km p/hora. Eu disse que vi e ele me disse que a camioneta estava irregular pela falta de um adesivo na traseira com a inscrição (110).
Eu lhe disse que só havia visto em caminhões. Ele logo me disse que era uma lei argentina. Então eu disse a ele para preencher a multa. Foi quando ele me disse que eu tinha que pagar na hora e que a infração era de 300 a 1000 pesos sem preencher papel algum.
Então eu lhe disse que não tinha dinheiro, somente alguns trocados. Perguntou-me para onde eu estava indo, então inventei que estava indo pra a cidade de Paraná, que ficava logo à frente para visitar um amigo. Se dissesse que ia para o Chile, saberia que eu tinha dinheiro.
Pediu que eu fosse para a camioneta e esperasse, me deixaram esperando por uns dez minutos, deve fazer parte da tática para me amedrontar ou minar minha resistência.
Chamaram-me e dessa vez me defrontei com o chefe novamente, que repetiu que eu teria que pagar os 300 pesos, e eu continuei dizendo que não tinha dinheiro. Como eu fui firme, ele desistiu e me disse então que eu deveria voltar à cidade de Federal (60 Km atrás), comprar o adesivo e não poderia mais passar por ali.
Então eu disse que voltaria, pois não havia outro jeito, mas para desviar aumentaria uns 200 Km de percurso. Então ele mandou que eu desse meia volta, me entregou os documentos e pediu que eu voltasse, colocasse o adesivo para poder passar.
Durante o período em que fiquei retido, meia hora, percebi que havia um cruzamento lá na frente, comecei retornar e percebi umas estradas de terra, pensando em um possível desvio. A cidade de Federal estava a 60 Km, mas havia um vilarejo a 6 Km, chamado Sauce de Luna. Chegando lá, parei numa lancheria para almoçarmos e por sorte tinha o tal adesivo para vender.
Mas o proprietário me alertou que também poderiam exigir a tarja roxa (uma faixa refletiva vermelha para fixar no pára-choque), só que havia terminado seu estoque. Então pensei: “E se eu passo lá e dessa vez me exigem a Tarja Roxa.”
Perguntei então se dava para desviar e ele me fez um mapinha. Por sorte a estrada de terra era um desvio perfeito que saia no cruzamento à frente da polícia. Comprei o adesivo, grudei na traseira da camioneta, segui pelo desvio de uns 3 quilômetros e segui viagem.
Túnel subfluvial do Rio Paraná
A próxima atração estava no grande Rio Paraná que divide as províncias de Entre Rios e Santa Fé. Uma cidade para cada lado, Paraná e Santa Fé, ligados por um túnel de 3 Km que incrivelmente passa por baixo do rio.
Chegando próximo havia uma placa que dizia: visitas turísticas ao túnel. Resolvemos conferir. Nos levaram para uma sala de vídeos, onde mostraram em um telão todo o processo de construção e funcionamento do túnel, além de maquetes do mesmo.
O túnel foi construído em módulos, tubos gigantes, construídos de 4 por vez, depois instalados no fundo do leito do rio, que no meio tem 30 metros de profundidade. Mas os tubos não ficam em contato direto com a água, foram enterrados 3 metros abaixo da areia do rio.
Foram acoplados um a um, sendo que a parte de circulação fica no meio do tubo, a parte de baixo serve para drenagem da água da chuva e a parte superior para ventilação e iluminação. Após isso, atravessamos o túnel, meio que sem acreditar que acima de nós estava um enorme rio. Só se vê o rio após sair do túnel e fazer uma curva.
Passamos por outras pontes até chegar à cidade de Santa Fé, onde há outro rio e uma linda ponte suspensa, parecida com a de Florianópolis. Enfrentamos um pouco de trânsito e seguimos, passando por algumas plantações, principalmente de girassóis.
Exaustos, paramos na pequena cidade de Monte Cristo, bem próximo a Córdoba, em uma pousada. Já eram quase 21h. Após o banho, fomos jantar.
Opções de hotéis em Córdoba
Argentina de carro – 3º dia – De Monte Cristo a Mendoza
Distância do dia: 705 km / Distância acumulada: 2280 km
Tomamos o café na pousada, que por lá é chamado de desayuno (desjejum) e, logo à frente, chegamos a Córdoba, a segunda maior cidade da Argentina. Pegamos a autopista que circula ao lado e seguimos encarando o trânsito, que foi diminuindo aos poucos.
Logo chegamos em Carlos Paz, onde acessamos uma rodovia denominada Tuta de las 100 curvas, e seguimos até o Dique São Roque. É uma represa construída no meio da montanha, que tem um enorme furo, onde desce a água com pressão para gerar energia.
Ruta de Altas Cumbres
Depois de muita estrada plana, finalmente uma serra aparece no horizonte. A Ruta 20 transpõe essa serra e foi nomeada como Ruta de Las Altas Cumbres, pois seu cume atinge 2300 metros de altitude.
Começamos a subir e as curvas começaram a aparecer. Junto delas a paisagem foi mudando e ficando cada vez mais bonita. Era uma espécie de campo de montanha, que foi ficando cada vez mais cheio de pedras e mais frio conforme se subia.
Paramos no local mais alto chamado Pampa de Achala, onde fomos dar uma caminhada. Para todos os lados só se viam pedras e rochas.
Daí em diante começava a descida, logo paramos para fazer uma trilha e ver uma cascata de 100 metros onde nasce o Rio Mina Clavero. Caminhamos uns 500 metros no meio das pedras até chegar à cachoeira, onde tem um cânion.
Depois seguimos viagem, descendo a serra até a cidade de Mina Clavero, onde almoçamos em uma pizzaria.
Seguimos em frente e entramos 4 Km para conhecer o Dique de La Viña, uma represa muito alta, com 107 metros de altura, com forma circular entre paredões.
Chegando à pequena cidade de Lujan eu teria que tomar uma decisão: seguir pelo deserto, onde teria que andar uns 350 Km no meio do nada, ou por San Luis, que era 70 Km mais longe, mas tinha cidades pelo caminho.
Após alguns cálculos de quilometragem e do horário, achamos que daria tempo de atravessar o deserto e resolvemos enfrentar, rezando para não acontecer nenhum imprevisto.
350 km de deserto até Mendoza
As retas eram intermináveis, no início com pequenas árvores, que aos poucos foram diminuindo, e se tornando completamente árido, só areia e arbustos.
O que me surpreendeu foi a quantidade de cabritos selvagens que encontramos no caminho. Como conseguem sobreviver? Em alguns lugares havia água salobra.
Na divisa de província um policial nos atacou. Completamente sozinho, isolado no meio do deserto, escutando uma música latina, parecia coisa de filme. Somente perguntou para onde íamos e anotou, mas nos liberou, sem problemas.
De repente, começaram a surgir árvores que cercavam plantações de oliveiras e parreiras de uva. Nesta região a irrigação vem da água do degelo da cordilheira, que começava a aparecer bem ao longe, parecendo nuvens.
Mendoza
Chegando em Mendoza, passamos apenas no Parque San Martin para algumas fotos, depois, fomos direto para uma pousada.
Opções de hotéis e pousadas em Mendoza
Conversando com o dono da pousada, ele recomendou que seria melhor cambiar Reais por Pesos Chilenos na casa de câmbio ali em Mendoza. Segundo ele, na aduana chilena o câmbio seria muito desfavorável, então lá fomos nós até o centro fazer o câmbio
Gostaríamos de ter ficado mais tempo em Mendoza, porém tínhamos uma longa viagem pela frente. Recomendamos dois artigos para quem tiver mais tempo na cidade.
- O que fazer em Mendoza do blog Sua Próximas Viagens
Roteiro Chile e Argentina de carro – 4º dia – Travessia da Cordilheira dos Andes – De Mendoza (Argentina) a Concón (Chile)
Distância do dia: 420 Km / Distância acumulada: 2700 Km
Neste dia, a expectativa era grande, pois iríamos atravessar a Cordilheira dos Andes, que tem uma parte na Argentina e outra no Chile, e se possível, chegar até o Oceano Pacífico. Devido ao grande número de atrações, não iríamos percorrer grande quilometragem nesse dia.
Cordilheira dos Andes
Saímos por volta das 8h pela Ruta Internacional 7, quando tivemos pela primeira vez a visão da cordilheira nevada. Muito linda, nem parecia real.
Paramos para tirar fotos em Potrerillos, onde tem uma represa, e encontramos uns caxienses, cidade vizinha à nossa no RS, que disseram que iriam somente até a cordilheira e voltariam.
Próximo a Potrerillos fica as termas de Cacheuta, pena que não tivemos tempo para aproveitar. O pessoal do blog Chicas Lokas estiveram por lá. Saiba um pouco mais sobre as Termas de Cacheuta.
Conforme se ia adentrando na cordilheira, a altura das montanhas ia aumentando, e a cada curva se modificava o cenário e a coloração do terreno. A vegetação é muito escassa, quase nada.
Durante boa parte do percurso, a Ruta 7 acompanha o Rio Mendoza, onde avistamos diversos botes e caiaques com aventureiros descendo o rio turbulento. O rio também acompanha todo o percurso da cordilheira, além de uma antiga linha férrea, hoje desativada, cheia de pontes metálicas e túneis.
De um ponto em diante, a rodovia é repleta de pequenos túneis encravados entre as rochas e o rio. Chegamos na cidade de Uspallata, almoçamos e enchemos o tanque da camioneta, pois no Chile o combustível é mais caro. A cidade fica num ponto onde existe um vale na cordilheira, mas a partir daí vem a parte mais alta.
Mais à frente fica o centro de esqui Los Penitentes, onde existem alguns hotéis e um teleférico que sobe a montanha. A próxima parada foi Puente Del Inca, um vilarejo turístico, onde existe uma ponte natural de pedra, incrivelmente amarela.
No local funcionava um hotel de águas termais que foi abandonado após uma avalanche. Hoje é somente um ponto turístico muito diferenciado.
Parque Aconcágua
Poucos quilômetros adiante, está o Parque do Aconcagua, de onde se tem a vista da maior montanha das Américas, o Cerro Aconcagua, com seus 6.962 metros de altitude. Pagamos uma pequena taxa e seguimos até um estacionamento de carro e depois por uma trilha de 40 minutos a pé, até chegarmos a um lago.
Neste ponto, já estávamos a 3.000 metros de altitude, já dava para perceber os efeitos da altitude, parecendo que os passos se tornavam mais lentos. Deste ponto, os alpinistas partem para escalada da montanha e levam 5 dias para chegar ao topo.
Avistamos um ponto nevado logo acima que parecia próximo, resolvemos subir até ele, montanha acima, mas logo vimos que não era tão próximo assim, mas prosseguimos até ele.
Foi o primeiro contato com a neve. Subimos em cima. Estava firme, mas ficamos com medo, por que estava derretendo por baixo, formando uma espécie de gruta, de onde descia um pequeno riacho gelado.
Túnel Internacional Cristo Redentor
Seguimos viagem e as montanhas cada vez tinham mais pontos com neve, até que chegamos no túnel internacional Cristo Redentor que tem 4 Km de comprimento. É o ponto mais alto do roteiro por este caminho, com 3200 metros de altitude.
A divisa da Argentina com o Chile fica no meio do túnel, onde tem uma placa indicando. Ao sair na outra ponta já estávamos no Chile, onde paramos para fotos.
Imigração Chilena
Pouco adiante estava a aduana integrada, onde levamos uma hora na burocracia de saída da Argentina e entrada no Chile. Lá encontramos um brasileiro de Curitiba, também com uma camioneta. Ele viajava com a mulher e 3 filhos pequenos e ia fazer um percurso parecido com o nosso.
Saiba mais sobre a Imigração no Chile: Documentos e regras
Portillo, Laguna del Inca e Los Caracoles
Agora, era a vez de descer a cordilheira e, ao contrário do que ocorre no lado argentino que sobe aos poucos, no lado chileno a descida é mais curta e bem mais íngreme. As montanhas são mais rochosas, num tom escuro.
Pouco à frente, paramos no luxuoso hotel e centro de esqui Portillo, onde tem diversos teleféricos e a Laguna del Inca, um enorme lago encravado entre as montanhas nevadas.
Seguindo a rota nos deparamos com o famoso trecho da estrada conhecido como “Los Caracoles”. A rodovia desce um desnível de 700 metros, meio que de repente, em curvas muito fechadas em ziguezague, sem nada de muros de proteção, com uma visão lá de baixo.
Daí em diante, a descida continua ao lado do Rio Aconcagua, que desce com uma forte correnteza, montanha abaixo, até chegar à cidade de Los Andes.
Mais sobre a travessia da Cordilheira dos Andes
Chegando na costa do Pacífico
Durante o planejamento, optamos por não passar por Santiago do Chile e deixar para uma outra viagem, por ser uma cidade muito grande, para não alongar muito nossa viagem. Visitei Santiago em setembro de 2023, onde fiquei uma semana.
O pessoal do blog Ligado em Viagem também mostra um pouco de como é a cidade de Santiago.
Seguimos direto para Concón, cidade à beira do Oceano Pacífico, onde chegamos pelas 20h30 e logo encontramos cabanas para alugar por um bom preço.
No Chile, durante o verão, anoitece as 22h horas e o fuso horário é de uma hora mais cedo que no Brasil.
Fomos deitar e por uns segundos tudo começou a tremer e porta a bater. Nunca havia passado por nada parecido e logo imaginei que fosse terremoto leve, o que foi confirmado dias depois, e é normal por lá.
Viagem de carro pelo Chile – 5º dia – De Concón a San Carlos
Distância do dia: 574 Km / Distância acumulada: 3274 Km
Viña del Mar
Seguimos pelo caminho costeiro, que vai sempre margeando o oceano, passamos por um trecho rochoso e logo chegamos em Reñaca. O que nos chamou a atenção foi que os edifícios são escalonados, formando uma espécie de escada, acompanhando os morros.
Neste ponto paramos para molhar os pés no Pacífico, água muito gelada, mesmo no verão.
Seguindo o caminho costeiro chegamos a Viña Del Mar, a mais charmosa praia do Chile. A cidade é muito bonita, cheia de praças com jardins e lindos edifícios, um capricho.
Valparaíso
Chegamos a Valparaíso, cidade histórica cheia de morros onde está o maior porto do Chile. Desde Concón até aqui, as cidades são praticamente emendadas e ligadas por uma linha de metrô.
Paramos no início do porto, onde havia dezenas de barcos de pesca e de passeio e, logo à frente, e navios cargueiros e da marinha chilena. Aliás, acho que era o único local possível para se estacionar ali por perto. Seguimos a pé para conhecer o ascensor Artilleria.
Em Valparaíso existem vários ascensores, espécie de vagão sobre trilhos que serve para subir e descer os morros da cidade. São muito antigos, com mais de 100 anos, enquanto um está lá em cima o outro está em baixo.
Subimos junto a um casal de turistas holandeses, e lá em cima a vista era linda: enxergava-se toda a parte costeira da cidade até Concón e todo o porto. Caminhamos um pouco lá em cima e descemos novamente, seguindo nossa viagem costeando o mar.
Mais sobre as atrações de Valparaíso
A maior piscina do mundo – Algarrobo
Seguimos para Algarrobo para ver a maior piscina do mundo. Trata-se de uma piscina com mais de 1 Km de comprimento, com água do mar filtrada. Ela fica a poucos metros do mar, separada por um muro e uma cerquinha. Só pode usar a piscina quem tem apartamento no luxuoso condomínio com muitos edifícios. Demos a volta pela praia e conseguimos vê-la e tirar algumas fotos.
Mais sobre a maior piscina do mundo
Passamos por San Antonio e depois nos afastamos do litoral, seguindo por uma região de videiras, até pegar a Ruta 5, que é a principal rodovia do Chile. A rodovia tem mais de 1000 Km toda duplicada, um tapete, mas cheia de pedágios. Paramos para dormir numa pousada à beira da ruta 5, próximo a cidade de San Carlos.
Roteiro Chile e Argentina de carro – 6º dia – De San Carlos a Pucón – Chile
Distância do dia: 456 Km / Distância acumulada: 3730 Km
Próximo à cidade de Los Angeles, paramos em Saltos de Laja, uma enorme cachoeira turística bem próxima à ruta 5. Seguimos em frente até a cidade de Collipulli, onde está o grande viaduto Maleco.
Ao lado do viaduto da ruta 5 um enorme viaduto amarelo de trem com mais de 100 metros de altura. Descemos por uma estradinha que ia quase em baixo do viaduto, de onde dava para ver melhor a altura dele.
Pucón
Mais à frente, na cidade de Freire, deixamos a ruta 5 rumo a Pucón. Foi quando começou uma chuva muito forte, aliás a única de toda a viagem. Paramos para almoçar na cidade de Villarrica, de onde já daria para avistar o vulcão de mesmo nome, mas a chuva não cessava.
Seguimos até Pucón, que fica bem próximo ao vulcão e não sabíamos direito o que fazer. Já que era cedo e continuava garoando, fomos até a praia do lago Villarrica que tem sua areia completamente preta.
Em seguida fomos até os Ojos de Caburga, lugar com nascentes de água e cachoeira com água completamente esverdeada, onde usamos nossas capas de chuvas descartáveis, a minha só no colocar já se rasgou, kkk. Voltamos a Pucón e nos hospedamos em uma cabana.
Opções de hospedagem em Pucón
Saímos caminhar pela cidade, já que a chuva havia parado, mas ainda não podíamos ver o vulcão. Fui até uma das agências para me informar das expedições para subir até a cratera do vulcão.
Teria que pagar, reservar as roupas de neve e me apresentar as 7h horas do dia seguinte para ver se haveria condições climáticas para a subida, e além de tudo, levaria quase o dia todo. Resolvi que não iria, pois minha família teria de ficar me esperando. Então, iria no dia seguinte de camioneta até onde fosse possível.
Viagem ao Chile – 7º dia – De Pucón a Puerto Varas
Distância do dia: 420 Km / Distância acumulada: 4150 Km
Vulcão Villarrica
O sol apareceu, mas com a névoa matinal ainda não víamos o vulcão, e por volta das 7h30, saímos em sua direção. Ficava a uns 15 Km. Começamos a subir pelo asfalto de acesso, que logo virou em estrada de terra (melhor dizendo, de areia preta), que lá é chamada de estrada de ripio.
Logo o céu limpou totalmente e tivemos finalmente a visão tão esperada do vulcão, todo branco de neve, com fumaça saindo de seu cume. Fantástico! Conforme ia subindo o frio ia ficando intenso, pois havia um vento forte. Na estrada de acesso dava para perceber nos barrancos as camadas de erupção.
O Villarrica é um vulcão ativo. Sua última erupção foi no ano de 1984, mas a sua cratera está sempre fumegante. Chegamos até onde dava para subir com a camioneta, na base do teleférico do centro de esqui, que não estava em funcionamento por ser verão. Descemos da camioneta e quase não dava para aguentar o frio.
Eu e meu filho caminhamos uns 500 metros até a parte nevada, quando não deu mais para aguentar, já que estávamos desprevenidos de roupas e com o vento, a sensação térmica era de uns 10 graus negativos.
Os grupos que iam subir até o topo iam logo na nossa frente e outros se avistavam ao longe mais acima.
Saiba o que fazer em Pucón
Rumamos agora para Valdívia. No caminho, quando paramos em fila, pois havia obras na pista, um adolescente nos vendeu um saquinho de amendoim, e fiquei curioso com outro produto que ele tinha para venda. Perguntei o que era e fiquei surpreso, quando me disse que era charque de cavalo.
Valdívia – Chile
Chegamos a Valdívia, cidade onde ocorreu o terremoto mais forte da história. Rodeada por rios, possui um mercado muito diversificado, muitos tipos de peixes, frutos do mar, algas marinhas e frutas, além de artesanatos. Os pescadores limpam os peixes na beira do rio, enquanto lobos marinhos disputam os restos com as gaivotas e outros pássaros.
Após almoçar e dar um passeio pelo local, fomos até o Forte Niebla, onde foi nosso último contato com o Oceano Pacífico. No local visitamos o forte a beira mar com seus canhões e seu museu. Voltamos para Valdívia, de onde saímos por outro caminho até a ruta 5, de onde seguimos viagem para o sul, com destino a Puerto Varas.
Puerto Varas – Chile
Chegando em Puerto Varas logo alugamos uma bela cabana, toda equipada, onde ficaríamos por 2 dias. Um detalhe é que no Chile todas as cabanas possuem banheira, aquecedor a gás e TV a cabo.
Opções de hospedagem em Puerto Varas
Roteiro Chile e Argentina de carro – 8º dia – Puerto Varas
Distância do dia: 170 Km / Distância acumulada: 4320 Km
Saltos Petruhué
Saímos por volta das 8:30 da manhã para visitar os Saltos de Petruhué, a uns 60 Km dali. Chegamos lá, pagamos os ingressos e entramos no parque. Logo nos deparamos com uma encruzilhada e resolvemos pegar a da direita.
Começamos a andar e andar pelo meio do mato e nunca chegávamos às cachoeiras, até que chegamos no mesmo ponto de onde havíamos saído e percebemos que era somente uma trilha em círculo.
Pegamos a trilha da esquerda e a grande atração estava logo ali: o rio Petruhué com suas águas verde-esmeralda e cachoeiras entre as rochas negras derretidas pela última erupção do Vulcão Osorno, que fica logo ao lado.
Caminhamos pelas passarelas, onde a água desce por um canal com força impressionante. Pena o vulcão estar encoberto pelas nuvens, pois enfeitaria mais a paisagem.
Deixamos o parque e seguimos pela estrada cercada por coníferas, até que surgiu uma clareira e resolvi parar para tirar fotos das corredeiras do rio.
Estacionei a camioneta, minha esposa desceu, viu um envelope no chão, juntou e havia dinheiro dentro. Eram 100.000 pesos chilenos, que convertendo em reais dava um salário mínimo brasileiro da época. Foi uma festa, pena de quem perdeu, mas não tínhamos como saber.
Seguimos até o Lago de Todos os Santos, com sua água extremamente transparente, e caminhamos por um trapiche. Na ponta, dava uns 5 metros de profundidade e dava para enxergar perfeitamente o fundo. Lá encontramos uma família de brasileiros. Eram de Goiânia, só que viajavam de avião e carro alugado. Foram eles que confirmaram sobre o terremoto em Concón, há uns 4 dias atrás.
Vulcão Osorno
Voltamos e pegamos o cruzamento rumo ao Vulcão Osorno, que continuava encoberto. Fomos subindo cada vez mais pelo asfalto estreito com curvas muito fechadas, até que chegamos à base do centro de esqui.
Talvez por ser segunda-feira e o tempo estar encoberto, o teleférico não estava em funcionamento. Subimos um trecho a pé, já que a temperatura estava agradável. Caminhamos um pouco montanha acima pelas areias negras até pontos de neve e retornamos. Voltamos a Puerto Varas, onde tiramos o resto do dia para descansar.
Fronteira Chile Argentina – 9º dia – De Puerto Varas (Chile) a Bariloche (Argentina)
Distância do dia: 390 Km / Distância acumulada: 4710 Km
Saímos de Puerto Varas cedo, era dia de atravessar novamente a cordilheira, 1000 Km mais ao sul do ponto onde entramos no Chile. Deveríamos voltar pela ruta 5 até a cidade de Osorno, para então pegar a ruta internacional para Bariloche, na Argentina, mas resolvemos pegar outra ruta alternativa até Osorno.
Atravessando a Cordilheira
A cordilheira, neste ponto, é bem diferente, pois se mistura o branco dos picos nevados com a cor escura das rochas e muito verde das florestas de coníferas, pois neste ponto a altitude é menor.
Demos saída do Chile na Aduana, e entrada na Argentina alguns quilômetros depois, sem problemas. Aproveitei a casa de câmbio e troquei os pesos chilenos que sobraram por argentinos.
Quando passamos pela última guarita o guarda falou: – Brasileiros, torcedores del Grêmio. Confirmamos que sim, achando que o Grêmio tem fama por lá, pois não tínhamos nada aparecendo que demonstrasse que éramos gremistas.
A próxima parada foi o mirante do Lago Espejo, linda vista do lago incrivelmente azul entra matas verdes e a cordilheira nevada ao fundo. Essa é a chamada Região dos Lagos, um mais lindo que o outro, todos com água muito transparente.
Seguindo nossa viagem, passamos direto por Villa La Angostura e logo avistamos Bariloche, no outro lado do lago Lago Nahuel Huapi.
Não tivemos tempo para explorar a cidade, mas o Alessandro do blog Get Outside nos conta como foi sua experiência em Villa La Angostura.
Bariloche
Contornamos o lago e chegamos a Bariloche. A cidade é linda, à beira do Lago Nahuel Huapi e cercada por montanhas com picos nevados. Paramos no Centro Cívico, no centro de informações, onde nos deram mapas e informações de hospedagem.
Alugamos uma cabana para 2 dias e nos instalamos e fomos ao mercado fazer umas compras.
Lista de opções de hospedagem em Bariloche
Viagem Argentina e Chile de carro – 10º dia – Passeios em Bariloche
Distância do dia: 80 Km / Distância acumulada: 4790 Km
Cerro Catedral
Saímos cedo para conhecer o Cerro Catedral, maior centro de esqui da América do Sul. Chegando lá, tivemos que esperar meia hora até começarem a funcionar os bondinhos e teleféricos, que começam às 9h. O preço era meio salgado, mas achamos que valia a pena.
Na base do cerro existe praticamente uma pequena cidade, chamada de Vila Catedral, com muitos hotéis, restaurantes e lojas de aluguel de equipamentos para esportes de neve. No inverno, tudo fica lotado.
Dizem que vão muitos brasileiros para lá. Existem muitos teleféricos que fazem a subida. Para turistas, como nós, era através do bondinho fechado.
Aproveitamos a primeira subida, junto com os funcionários que trabalham lá em cima. A subida é muito longa, mas o bondinho não vai até o topo. A gente desce na estação e pega então um teleférico para complementar a subida.
Chegando lá, a visão é magnífica, entre as montanhas e os lagos lá em baixo.
Fizemos caminhadas por cima da montanha, que tinha muitos pontos com neve, à 2000 metros de altitude. Fazia um certo frio, mas era suportável. Nos disseram que há 4 dias atrás havia nevado e a montanha ficou toda branca. Pena que não estávamos lá. Depois de algum tempo, descemos, apreciando a vista.
Cerro Campanário
Fomos então ao Cerro Campanário, com subida também por teleférico, com um preço bem mais baixo, onde dizem se ter uma das mais belas vistas do mundo.
Chegando lá em cima, realmente é impressionante a beleza. Tem-se a vista de dezenas de lagos, entre as montanhas e florestas, para todos os lados. Pena que o vento lá em cima estava forte.
Bem no topo tem uma confeitaria, onde fizemos um lanche com aquela vista maravilhosa.
Após caminhar um pouco lá em cima e apreciar a vista, descemos e seguimos pelo Circuito Chico, um roteiro entre lagos, matas e montanhas.
Voltamos a Bariloche e fomos passear a pé pelo centro. Depois ficamos o resto da tarde na cabana descansando, pois no próximo dia a viagem seria longa.
Mais sobre os pontos turísticos de Bariloche
Travessia do deserto na Argentina – 11º dia – De Bariloche a General Acha – Argentina
Distância do dia: 880 Km / Distância acumulada: 5670 Km
Passaríamos um dia de Natal diferente, viajando por uma região desértica da Argentina. Preparamos um lanche especial, comprado no mercado no dia anterior, pois seria difícil achar algo aberto para comer neste dia, principalmente nessa região.
Saímos cedo, por volta das 7h, pois teríamos que rodar quase 900 Km para não ficar no meio do deserto.
Um pedaço da Patagônia
Logo que saímos de Bariloche começa a estepe da Patagônia, região muito bonita. A água do lago forma o Rio Limay, que nos acompanhou por muito tempo, formando verdadeiros oásis verdes no meio de vegetação cinza da estepe.
As montanhas vão diminuindo cada vez mais, até que temos as últimas visões da cordilheira e o Vulcão Lanin, ao longe.
O Rio Limay se transforma em lagos devido a diversas hidrelétricas construídas em seu curso. Após uns 200 Km no meio do nada, chegamos a Piedra del Águila, pequena cidade incrustada entre formações rochosas.
El Chocon
Enchemos o tanque da camioneta e seguimos até El Chocon, a cidade dos dinossauros, pequena cidade no meio do deserto, na beira de uma represa. Paramos debaixo de umas árvores para fazer nosso lanche. Aliás, árvores ali, somente na beira do lago.
Fomos até o museu para ver os esqueletos de dinossauros, mas, por azar, por ser o dia de Natal, só abriria as 3h da tarde, e não poderíamos esperar.
Então seguimos até Neuquén, capital da província de mesmo nome, no meio do deserto, mas na beira da junção de 2 rios que vêm da cordilheira. Aqui começa a região produtora de maças argentinas, tudo com irrigação.
Atravessamos a cidade, e alguns quilômetros adiante encontramos o único acidente de trânsito visto em toda a viagem. Um monte de corvos sobrevoando, um cachorro morto na estrada, um corvo morto logo a frente e, um pouco adiante, um automóvel com o pára-brisa quebrado e o dono olhando. Logo deduzi que o carro havia recém atropelado o corvo.
Passamos por um lindo balneário repleto de gente se banhando e, agora sim, entraríamos no forte do deserto. Eram uns 400 Km de nada pela frente.
400 km de deserto
Na região de Catriel existem centenas de poços de petróleo com máquinas bombeando, chamadas Carneiros. Depois não se vê mais nada, apenas areias e arbustos secos, com retas intermináveis. Marcamos a distância de uma reta: levou 64 Km para ter uma curva.
O problema de dirigir num lugar assim é o sono. Tinha que parar de vez em quando. Minha esposa dirigiu mais um pouco naquelas retas. Até que a paisagem começou a apresentar campos mais verdes, as criações de gado começaram a aparecer, o deserto terminou, quando chegamos em General Acha, onde passamos a noite num hotel à beira da rodovia.
Lista de opções de hospedagem em General Acha
12º dia – De General Acha a Nogoya – Argentina
Distância do dia: 877 Km / Distância acumulada: 6547 Km
Estávamos já com pouco dinheiro argentino, e resolvemos procurar uma casa de câmbio em Santa Rosa, capital da província de La Pampa. Fomos até o centro, onde nos disseram que havia uma, mas não encontramos. Então a saída foi sempre parar nos postos YPF, que tem em toda a Argentina, para abastecer e comer, onde aceitavam cartão.
Passamos por uma região com muitas plantações, principalmente de girassol e chegamos em Rosário, uma das maiores cidades da Argentina.
Pegamos a autopista que saiu direto em uma enorme ponte de 3 Km sobre o Rio Paraná, inaugurada há pouco tempo. Havia uma área inundada de 50 Km, cheia de pontes, até a cidade de Victória.
Estávamos de novo na província de Entre Rios, e logo lembrei da polícia corrupta que enfrentei na ida. Agora, estávamos mais ao sul, mas não deu outra: lá estavam eles! Ao verem que éramos brasileiros, mandaram-me encostar.
Pediram-me toda a documentação, extintor e os triângulos e, mas desta vez, me liberaram sem problemas.
Fomos até a cidade de Nogoya e ficamos em uma hospedagem onde estavam fazendo uma parillada, o churrasco argentino, que é assado em cima de uma grade com brasas em baixo e fogo ao lado.
Como é muito quente no local, à noite colocam as mesas para fora, no pátio do restaurante. Aproveitamos o churrasco e subimos para o quarto.
Uruguai – 13º dia – De Nogoya (Argentina) a Livramento (Brasil)
Distância do dia: 533 Km / Distância acumulada: 7080 Km
Saímos com o objetivo de chegar a Rivera, no Uruguai, pelas 3 horas da tarde, para fazermos umas compras. Chegando em Colón, próximo à fronteira com o Uruguai, enchi o tanque da camioneta e eliminei o resto de pesos argentinos que tinha. Só me restaram 12 pesos; achei que não precisaria mais.
Perrengue na fronteira entre Argentina e Uruguai
Chegando próximo à ponte internacional, me deparei com uma enorme fila de argentinos para atravessar a fronteira. Ficamos parados ali com um sol de rachar. Levamos 4 horas até entrar no Uruguai.
Enquanto estava na fila fiz amizade com um argentino, que estava indo para Atlântida, uma praia do Uruguai que eu já conhecia. Os 12 pesos que nos restavam foram usados para comprar uns sanduíches e uma coca num posto ali perto, pois passamos o meio-dia na fila.
Quando estávamos bem próximos da aduana, com a fila andando aos poucos, minha esposa foi à Aduana procurar uma casa de câmbio para trocar reais por pesos uruguaios, e, para nossa surpresa, não existia câmbio na aduana. O pior é que havia um pedágio a pagar, na entrada da aduana, mas disseram que lá aceitavam reais.
Chegou a minha vez de pagar o pedágio e só aceitavam pesos argentinos, uruguaios ou dólares. Eu só tinha reais, e ficamos num impasse, sem saber o que fazer.
O chefe deles veio bravo, dizendo que a fila estava com 4 Km e não podia parar. Eu disse que havia passado por diversas aduanas e todas tinham câmbio, e essa era a primeira que não tinha.
Eu estava determinado a não sair da fila. Eles que me liberassem sem pagar. Se saísse, como ia entrar novamente. Alguns minutos depois, ele voltou e queria que eu saísse da fila e estacionasse para um lado. O valor do pedágio era de 14 pesos argentinos.
Desci da camioneta e fui até o carro de trás que era o do argentino, meu amigo. Pedi a ele para fazer um câmbio comigo só no valor do pedágio e ele me ajudou. Não sei o que faria com meus reais depois, mas foi minha salvação. Agradeci a ele e me mandei.
Pensei então que seria um problema se tivesse mais pedágios na travessia dos 350 Km pelo Uruguai, pois não tinha nada de pesos uruguaios. Poucos quilômetros à frente, me deparei com um pedágio, mas, por sorte, aceitavam reais.
Chegamos na fronteira, já eram 18h20, ainda deu para fazer algumas compras. Ficamos em uma pousada em Livramento, já em território brasileiro.
14º dia – De Livramento a Vacaria
Distância do dia: 720 Km / Distância acumulada: 7800 Km
Resolvi retornar por Santa Maria para conhecer o trecho: Rosário do Sul, Cacequi, Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Lajeado, Garibaldi, chegando a Caxias do Sul.
Entramos em Venâncio Aires para conhecer o centro e tomar um sorvete. Lugar muito bonito, bem arborizado e com uma linda catedral. Depois seguimos até Vacaria.
Mapa da viagem Chile e Argentina de carro
Dicas gerais da Viagem de carro – Chile e Argentina
- Um site interessante para informações, distâncias e melhores rotas sobre as estradas argentinas e chilenas é o Ruta 0
- Cuidado com os longos trechos sem abastecimento, passei por trechos no deserto com 300 Km sem nem um posto. O mesmo vale para água e refeições.
- No Chile, nunca ofereça propina aos guardas. Você pode ir preso, por isso.
- Não se deixe intimidar pela Policia Caminera Argentina, fui firme em não ceder a extorsão e não paguei a suposta multa como queriam. Leia o relato do 2º dia.
- Se pedirem uma contribuição, não vale a pena se complicar. Dê uns trocados e siga sua viagem.
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Parabéns. Belo roteiro e explicação. Em breve farei algo parecido. Abç
Queria ter uma disposição desta , conhecer culturas diferentes não tem preço .
Parabens
muito bem explicado tinha vontade de fazer este percurso mais depois de tanta corupção na policia jamais vou a terra desses abutres pois ja fui de navio algumas vezes e foi só decepção vou fazer algo parecido na europa longe desses sulamericanos .parabéns pela sua dedicação de explicar e mostrar o roteiro .
Obigado!
Fiz a viagem em dezembro de 2008, pode ser que esteja diferente.
Já naviagem para o Peru, não tive qualquer problema.
—Ótima postagem! Só para lembrar que gorjeta da Argentina se chama "propina". Para nós propina que dizer… Um dinheirinho a mais o"por baixo dos panos". A Argentina tem o histórico da gorjeta.
—Desde 1996/1997 até hoje, Agosto de 2015, foram 8 expedições a Argentina, sendo que em uma extendêmo-nos até o Chile. Conheça meu blog: thomaschulze.blogspot.com.
Boas aventuras!!!
Adorei o post, Jair!! Muito completo e com ótimas dicas. Obrigada por mencionar o Mapa na Mão no artigo. Grande abraço.
Obrigado, Michela! Seu artigo complementa muito bem nosso post, já que oferece informações preciosas para planejar uma viagem de aventura como essa.
Um grande abraço!
Sabes, estava aqui lembrando dos policiais corruptos, que coisa terrível e triste né? Sabes a nossa tática? Quando eles nos paravam, eu pegava a câmera, minha filha o celular e começávamos a gravar. Um só nos cobrou propina, os outros não. Acho que funcionou. Deu saudade agora desta viagem lendo o teu post…
QUE DEMAIS!! Morro de vontade de fazer uma viagem assim. 7800 Km de estrada?! MARAVILHA! Já favoritei esse post pra reler aqui e me animar também a pegar a estrada. Demais!
É uma viagem maravilhosa, porém demanda tempo e um bom planejamento.
Alguém sabe se o seguro Soapex é de fato exigido no Chile para carros com placas do Brasil??
Me ajudem por favor
Que maravilha de viagem! Eu já fiz um pouco mais que isso de ônibus em 1997, só que além do sul do Chile fomos até o deserto do Atacama, lembrando que saímos de Brasília. Nem consigo contar quantos km foram kkkkk. As paisagens são muito diversas mesmo. Sobre os policiais argentinos, que chato começar a viagem assim né? Show de bola seu relato!
Obrigado! Adriana!
Essa foi uma viagem que realmente deixou saudades. Hoje não faço viagens tão longas de carro. Em vez disso, vou de avião até um ponto e alugo um carro.
Post para favoritar! Dicas preciosas e trajeto maravilhoso!
Eu ia fazer metade deste teu percurso anos atràs e teria me estrepado com a policia deles. Nao iria aceitar pagar multa sem recibo, mas certamente iriam me prejudicar!
Fui firme até o fim! Até eles entenderem que eu não ia dar dinheiro sem a notificação, até que eles desistiram.
Muito bacana essa viagem de carro, da vontade de pegar a estrada na hora. O post eh otimo pois ajuda a ter a nocao das distancias tambem. Parabens!
Adoro estas viagem no estilo aventura, ainda ontem estava assistindo o Globo Repórter e me deu uma saudade da viagem que fiz para o Peru, onde aluguei um carro e rodei 2000 km por desertos e montanhas do país.
Também fiz esse trajeto, só que de ônibus, e foi realmente espetacular, a vista da cordilheira e todo o trajeto, fantástico!
Mas que grande aventura! Adorava fazer o que tu fizeste! 8000 km de estrada é muita coisa. Fiquei apaixonado pelas fotos da Patagónia, pela Cordilheira dos Andes e até da maior piscina do mundo, que dava imenso jeito para relaxar depois de tanta estrada. Abraço!
Ótimo post! Bem completinho e cheio de informações importantes! E que doideira isso do perrengue com a polícia da Argentina heim?! Corrupção está por todo lado, infelizmente =/
bah esses policias sao mesmo uns lazarentos ne pqp ficar pirando por causa de um adesivo q nem precisa vtc fico muito indignada, bem q fez dar a volta, ficam se passando de espertos soh pq eh BR
Que sonho essa viagem! Viajar de carro é sinônimo de liberdade!Na plantação de girassóis por exemplo, eu teria perdido um bom tempo…rs… Quanto aos perrengues… faz parte, né?! Belo roteiro! bjos!
Programar uma viagem como está dá muito trabalho! Os contratempos acontecem, mas não tem preço! Ficaram para sempre as imagens e boas lembranças desta aventura!
Um grande abraço!
Ola eu e meu marido saímos dia 19 de novembro de 2017 e voltamos dia 04 de dezembro de 2017, saimos de São Leopoldo, RS, ficamos 3 dias em Cordoba, Argentina, 3 dias em Mendonza, Argentina, e fomos para o Chile, ficamos 3 dias em Santiago e 3 dias em Vina del Mar, fomos até o Vale Nevado, uma estrada encantadora cheias de curvas e a altitude chega aos 3000 metros, um lugar frio mesmo nesta epoca, no chile a policia não nos atacou nenhuma vez, mas na Argentina varias, mas só nos pediram documentos e para revisar se não havia frutas ou verduras… nos pediram para ver o extintor de incendio, mas estava tudo certo, talvez porque eu estivesse sempre com a gopro no painel acharam que estava filmando, mas a nossa viagem foi de 5.850 km, em quase todas as cidades onde ficamos andamos muito a pé, de onibus de turismo, aquele que faz passeio pela cidade, em cordova, mendoza, santiago, e tambem usamos o metro em santiago e vina del mar. em valparaiso usamos um onibus de linha que passava pelos morros tipo um circular e ia até vina del mar. realmente passar pela cordilheira é um espetaculo, a gasolina na argentina e no chile agora esta muito cara… a comida tambem e deixa a desejar… comparando com os nossos bifes… excesso de comida no brasil assim como o cafe da manha…. mas quando se está viajando é assim mesmo, os parques na argentina e no chile são maravilhosos, bem cuidados, eles tem piscinas nos parque publicas. adorei a viagem quero voltar e ficar mais nas cidades da argentina, suas igrejas são lindas com uma arquitetura sem igual, não tem como dizer qual a mais bela
Olá, Ana!
Que bom que não se incomodaram com a polícia Argentina. Quanto as comidas nas estradas argentinas realmente não chegam aos pés do Brasil, poucos lugares para parar e poucas opções de escolha, mas as paisagens compensam a viagem.
Jair e demais, há um formulário chamado “Reporte de Incidentes” para ser preenchido em caso de queixa contra “abordagem indevida” por policiais. Poucas pessoas sabem dele e, assim, os policiais corruptos continuam a tomar dinheiro de turistas.
Nesse formulário a pessoa reporta o incidente, avalia a abordagem policial e junta cópia do comprovante da multa e do recibo de valor pago – além da identificação do policial e de uma foto dele. Óbvio que em caso de extorsão não há recibo ou, se há, é falso. Também não vai querer que tudo isso vá para o Ministério das Relações Exteriores da Argentina.
Basta manifestar ao policial que aceita a multa, mas que tem de preencher o formulário (e mostra a ele). A desistência é imediata; vai inventar alguma coisa e deixar prosseguir, sem multa.
Importante saber que na Argentina as províncias legislam sobre esses equipamentos de trânsito também. Então, a lei federal (24449) exige extintor de incêndio, dois triângulos e o seguro (para nós, a carta verde). Mas algumas províncias e municipalidades exigem kit de primeiros socorros, cambão (barra de reboque, ou cabo de aço), a tal mortalha (lençol branco), faixas refletivas, caminhonetes devem ser adesivadas com a velocidade.
Muitos veículos já vêm com muita das exigências (inclusive as faixas refletivas). É preciso checar isso e ter o “pacote Argentina” em mãos para que não tenham razão nas abordagens e tenham motivo para ameaçar com multa.
Se ameaçarem ou pedirem a propina, melhor tratar com calma e educação e dizer que quer preencher o formulário. Se for maldade da parte deles, é provável que vão desistir.
Tenho o formulário e posso mandar por e-mail para os que desejarem. Meu e-mail é [email protected].
Belas dicas, Naldo!
Realmente não sabia da existência desse formulário!
Obrigado!
Jair, são poucos os blogs especializados ou não em viagens, especialmente as aventureiras, com tanta precisão na narração como o seu. Estou planejando essa viagem, partindo de Taubaté-SP, e fazendo exatamente o mesmo roteiro que você fez. Sua narração só enriqueceu o meu planejamento. Já tenho também alguma experiência em viagem pelas rutas argentinas. O que mais incomoda o viajante é a pouca vergonha dos policiais rodoviários. Incrível como o meu roteiro casa com o seu. Isso só me confirma que estou no caminho certo. Mas a minha viagem vai ficar para agosto/18. Em fevereiro/18 estarei fazendo uma outra viagem, também com um roteiro igual ao seu, passando pelo Chui e seguindo até Colonia del Sacramento. Muito obrigado pelas excelentes dicas! Virei seu visitante. Abraço!
Que ótimo, Henrique!
Fico feliz em saber meu trabalho não é em vão e está ajudando quem quer se aventurar, como eu!
Que coincidência que vai fazer as duas viagens com o mesmo roteiro que eu.
Espero que faça ótimas viagens e vai por mim, vale a pena!
Um grande abraço!
Boa tarde amigo,chegou a calcular quanto gastou nesta viagem no total ?
Fiz esta viagem ha bastante tempo (dezembro de 2008), difícil dizer, não é uma viagem barata, mas depende muito do padrão de viagem que pretende fazer. Se for escolher bons hotéis e restaurantes mais bacanas pode gastar o dobro do que opções mais econômicas.
Basta calcular o combustível pela média de seu carro e um gasto diário para o padrão de hotel que é acostumado (na estrada encontra hotéis ou pousadas com bons preços). calcula também um valor diário com refeições e reserva uma grana para alguns passeios e imprevistos.
Sensacional o Blog! Parabéns!!! Só dica boa!! Ajudou demais na minha viagem. Fiz Curitiba, Uruguaiana, Bariloche, Puerto Varas, Santiago, Mendoza, Assuncion, Foz do Iguaçu, Curitiba sendo eu, esposa e filha de 3 anos! Foi Mágico!
Vai com fé nas dicas daqui que não tem erro! Abraços!!
Alexandre
Alexandre Silva você pode me informar melhor sobre essa sua viagem, passar alguns detalhes, gostei de mais do seu trajeto e estou começando os planejamentos aqui para uma viagem dessa.
Segue meu e-mail
[email protected] . Tks
Bom dia pessoal. Estou pensando em ir de ônibus em agosto de 2018 para o Chile,já fui algumas vezes para o Peru e Bolívia, e fiquei em hostel bons e baratos por lá, tipo uns R$ 20,00 por noite. Será que procurando pelo Chile acho alguma coisa nessa faixa de preço? Pois sempre soube que por lá é um pouco mais caro.
22 998083066
Olá! Fernando!
estou por fora dos preços agora, mas acho que no Chile é mais caro, sim, talvez pague o dobro do que pagou no Peru e na Bolívia que são países mais baratos!
Saudações!
Parabéns pelo Blog.
Perfeito o seu relato sobre a viagem.
Está nos meus planos realizá-la em dezembro de 2018.
Gostaria de saber se a questão do adesivo e das tarjas refletivas são “obrigatórias” para todos veículos, inclusive de passeio ou só para as camionetes ou pick up?
Obrigado
Ademar
Obrigado! Adelar!
Na época em que fui era obrigatório somente para camionetas, furgões (veículos de carga), para automóveis, não!
Olá Jair!
Primeiramente obrigado pela resposta. Vc sabe me informar se a multa aplicada pela polícia argentina deve ser paga diretamente ao policial?
Se isso é legal? seja uma aplicação de multa justa ou “injusta”?
Ou apenas mais uma forma de extorsão?
Ademar
Se leu o artigo completo, viu que passei por esse perrengue, queriam que pagasse para eles, sem sequer preencher uma notificação. Bati o pé e não paguei até que me liberaram. Queriam mesmo me extorquir!
Acho que não existe essa de pagar direto ao policial, pode ser que precise, na saída do país. de qualquer forma, acho que terá que ter uma notificação primeiro.
Muito bom seu roteiro de viagem, parabéns pelos detalhes nas postagens. Fiz uma viagem parecida com a sua porém saindo de Fortaleza em 13/12/ 2014 e retornando 33 dias depois. Passamos também no Paraguai em Salto del Guairá para umas compras e seguimos na Argentina e Chile, chegando até o pacífico também. Em Santiago ficamos no réveillon do ano 2014/2015, muito bonita a cidade, vale a pena. Estou pensando retornar em 2019 em um trailer que irei receber da Apolo trailers de SC e descer até Ushuaia. Vamos nos organizar e fazer um roteiro bem tranquilo pra não haver contratempos na viagem.
Nossa! de Fortaleza dobra a distância da viagem, imagina então até Ushuaia, são 8000 km só de ida!
Ei macho, sou cearense e conterrâneo seu. Estou planejando fazer algo parecido, roteiro de Fortaleza a Bariloche. Você poderia me dar dicas?
Olá, moro na fronteira oeste e sempre viajo a Argentina, especificamente Rosário, as estradas são muito boas. Quanto a propina à policia da Argentina, não está mais como era antigamente, acredito que as reclamações surtiram efeito. Adorei seu relato, pretendemos no futuro fazer uma viagem parecida.
Que boa notícia, Sílvia! Este tipo de atitude precisa mudar, da mesma forma que os políticos corruptos no Brasil começaram a pagar por seus roubos!
Ótima notícia! Pretendo fazer esse roteiro e já estava preocupada com a polícia Argentina. Grata pela informação!
Excelente post, claro e objetivo. Pretendo fazer um roteiro como este e voce me ajudou muito.
Abraços
Ou Jair, meu nome é Débora, adorei as postagens . Todas estou maravilhada para fazer essa aventura, e cada vez que leio as coisas que encontrei sobre esse roteiro de viajem, mais eu quero ir.
Só queria saber em um modo geral. Os custos da viagem são altos . Médio . Em uma escala de 5 há 15 mil reais .?
Olá, Debora!
Já fez 10 anos que fizemos esta viagem, mas considere o seguinte, levando em conta o roteiro e quantidade de dias.
Foram 14 noites de pousadas. Considerando pousadas econômicas, se for um casal, vai gastar em torno de R$ 2000.
Foram 7800 km de estrada. Considere em torno de R$ 2500 de gasolina.
Para comer, mais uns R$ 2000 e mais uns 2 mil para passeios.
Creio que irá gastar entre 8 e 10 mil se for de forma econômica.
Parabéns pelo Blog… Muito útil para quem , como eu, quer fazer este roteiro.
Até o momento o mais completo, com informações detalhadas !!!
Parabéns muito bom.
Estou pretendendo fazer este roteiro em Janeiro 2021.
Sairemos de SC e pretendo ir até El Calafate muito longe.
Olha só fiquei com uma duvida para entrar no parque Aconcagua compra ingresso na hora, ou precisa comprar em Mendoza?
Obrigado
Olá, Sergio! Na época em que fomos não havia cobrança para acessar o início do parque. Não sei te informar como é hoje!
Pois
Gostaria de conversar com você se puder…
Desejo fazer essa viagem também..
E queria ter umas ideias porque sei que vale apena.
Olá, André! O ideal é que faça as perguntas por aqui. Assim já podemos tirar dúvidas de outros leitores também pretendem fazer a viagem.
Manda as dúvidas ai que tentarei responder.
Olá, Jair, faltou a data da viagem, importante para nos situarmos no clima que iremos encontrar e podermos fazer a escolha da melhor época do ano para viajar.
Olá, Marcia! Foi no final do ano na segunda quinzena de dezembro.
Parabéns. Coragem e determinação.
Qual mês que vocês foram?
Abraços
Olá, Marcos! Fomos na segunda quinzena de dezembro.
Boa tarde a todos
Fiz duas vezes esta viajem, moro em Mogi das Cruzes e fui a San Bernardo, região de Santiago.
Pegamos muito frio da segunda vez e sentimos falta do café com leite e pãozinho de manhã, mas iria novamente a hora que fosse, viajem inesquecível.
juberto
Gostaria de Fazer um viajem a sim porem alguém poderia me dar uma estimativa de gastos!!
Fascinante. Estou analisando pra janeiro de 2023 fazer parte desse trajeto com minha família. 20 dias. Vai me servir de base. Obrigado.
2023 está muito longe Ronaldo, vai em janeiro de 2022 haha!
Muito bom seus comentarios e dicas ,estou querendo fazer uma desta viagem em dezembro de 2022
Olá, estou planejando uma viagem de carro ao Chile, uma das dúvidas é quanto ao combustível, pergunto: o diesel na Argentina e Chile é igual ao nosso S-10 e pode ser usado numa Amarok? E quanto a gasolina desses países pode ser usada num Renegade?
Olá, infelizmente não sei informar, na época fui com uma camionete a Diesel e funcionou normalmente, não tive problema algum.
Boa tarde eu e meu marido iremos de carro pra Argentina, chile, sairemos do Sul de minas, Astorga, Foz do Iguaçu, Argentina, chile, Uruguai, Retornaremos pelo Sul. Vc me dá algumas dicas
Olá Edna! Quais as suas dúvidas?