O Salto do Yucumã, situado no Noroeste Gaúcho, é uma das cachoeiras mais incríveis do Brasil, talvez a segunda em magnitude, depois das Cataratas do Iguaçu (quando está em suas melhores condições para visitação).
Mas atenção, há 3 importantes motivos para você não viajar para lá em determinadas situações, devido à fenômenos naturais e também intervenção humana, que tem afetado muito a qualidade do atrativo e dificultado a visitação.
Antes de mais nada, quero deixar bem claro que meu objetivo não é de incentivar os turistas a não ir ao parque, mas sim, de alertar a ir no momento correto para não perder a viagem, assim como aconteceu comigo.
Salto do Yucumã
Navegue por este post
- Sobre o Salto do Yucumã
- Onde fica o Salto do Yucumã
- Como é a visitação no Parque Estadual do Turvo
- 3 motivos para não visitar o Salto do Yucumã
- Dicas para ter sucesso na visitação
- Como foi minha tentativa de visita
- Onde se hospedar próximo ao Yucumã
Sobre o Salto do Yucumã e Parque Estadual do Turvo
O Salto do Yucumã é a maior cachoeira longitudinal do mundo (a mais larga) com 1800 metros. A extensa queda é formada por uma fenda que pode chegar a 12 metros de altura, como também pode sumir quando o rio está cheio.
É a principal atração do Parque Estadual do Turvo, a maior área de conservação do Rio Grande do Sul, com 17.500 hectares, localizado no município de Derrubadas, Noroeste do estado.
Onde fica o Salto do Yucumã
O Salto do Yucumã fica dentro do Parque Estadual do Turvo no Noroeste do Rio Grande do Sul. Fica no Rio Uruguai, divisa com a Argentina, e com o Parque Provincial Esmeralda.
É um local afastado dos mais famosos destinos turísticos gaúchos como Porto Alegre (500 km), Gramado (550 km), Bento Gonçalves (430 km) e Ruinas de São Miguel das Missões (270 km). A cidade de Frederico Westphalen, localizada a 72 km do parque é a principal dessa região do Alto Médio Uruguai.
Como é a visitação no Parque Estadual do Turvo
- A entrada do parque custa R$50 (ref. set. 2024) e pode ser comprado online pelo site oficial ou na portaria do parque.
- Da entrada do parque até o estacionamento do salto são 15 km por uma estrada de terra dentro do parque, que você pode ir com seu carro próprio.
- A trilha tem em torno de 1 km ida e volta e leva até uma área rochosa de frente para a cachoeira.
- O parque oferece também um museu e outras duas trilhas na área de floresta.
- O centro de visitantes do parque é privatizado e oferece ótima infraestrutura para receber os turistas.
- O parque Estadual do Turvo abre de quinta à segunda, das 8h às 16h. Não abre na terça e quarta.
3 motivos para não visitar o Salto do Yucumã
Como o parque fica em uma área isolada do estado em relação a outros destinos turísticos, a viagem será praticamente direcionada somente para visitar o parque. Para você não ficar frustrado, quero lhe dar essas três dicas essenciais para não perder a viagem, assim como aconteceu comigo.
1 – A cachoeira some quando o Rio Uruguai está cheio
O Salto do Yucumã se forma em uma fenda do Rio Uruguai numa enorme área de lajeado. Quando o rio está com baixo volume de água a área de lajeado no lado brasileiro seca, a água da fenda baixa até 12 m de profundidade, mostrando toda a beleza da imponente cachoeira à sua frente.
O problema é que quando o rio está cheio, em épocas mais chuvosas, tudo isso fica debaixo d’água e fica um leito de rio normal.
2 – Existe uma usina hidrelétrica que interfere muito no fluxo de água e na cachoeira
Até mesmo quando o rio está com um médio nível de água e a cachoeira está mostrando metade de sua altura (que já fica bastante bonita) tem a Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó que fica segurando e soltando o fluxo do Rio Uruguai. Essa intervenção muda a altura das quedas durante o dia, fazendo sumir a cachoeira ou deixando a queda bem baixa.
3 – O parque fica fechado 2 dias da semana
O terceiro agravante é que o parque fica fechado 2 dias na semana, nas terças e quartas. Juntando todos esses aspectos: altura do rio, a vazão da usina, 2 dias fechado na semana, e ainda a possibilidade de chuva no dia da visita, diminui bastante as chances de ter sucesso na visitação.
Dicas para ter sucesso na visitação
Mas então, o que fazer para não perder a viagem?
Segue algumas dicas que podem te ajudar a ter sucesso e conseguir visitar o Salto do Yucumã no auge de sua beleza ou próximo disso.
- Tente visitar o parque em épocas mais secas, períodos em que tem chovido pouco nos meses anteriores no RS e SC, estados que alimentam a bacia hidrográfica do Rio Uruguai.
- Monitore as câmeras ao vivo que mostram em tempo real como está a paisagem e altura do Salto do Yucumã.
- Além de monitorar as câmeras fique em contato com o Whatsapp do parque (55 9654-3388) para se informar como tem sido o comportamento da vazão da usina nos últimos dias.
- Se viajar para a região, tenha flexibilidade para visitar em diferentes horários do dia, por causa da usina, há bastante variação na altura da queda durante o dia.
Como foi minha tentativa de visita
- Moro em Vacaria, no Rio Grande do Sul, a 430 km de distância, e vinha monitorando as câmeras do parque uns dias antes da visita, a cachoeira estava com uma altura média, que já valia a pena visitar.
- Viajei para a região em um dia que choveu um pouco, mas nada significativo e no outro dia era previsão de sol.
- Cheguei a o parque pelas 10h da manhã e me disseram que não havia visibilidade nenhuma da cachoeira e me mostraram a cachoeira. Disseram que era por causa da usina, eu até então não sabia desse problema.
- Fiquei muito desapontado, mas mudei meu roteiro, já que ia visitar outros lugares da região, e retornei novamente no dia seguinte, quando tive mais uma decepção.
- Com isso acabei nem entrando no parque porque não vale a pena pagar para ver somente o rio. Retornei minha viagem sem poder ver o Salto do Yucumã.
Onde se hospedar próximo ao Salto do Yucumã
A pequena cidade de Derrubadas, localizada a 4 km do parque) conta apenas com 2 opções de hospedagem localizadas junto a balneários fora da cidade: Parque das Fontes e Balneário Martens.
As outras cidades próximas, são: Tenente Portela (21 km), Barra do Guarita (23 km), Três Passos (48 km), e Frederico Westphalen (72 km). Confira algumas boas opções de hospedagem nessas cidades:
- Casa Hotel – Em Barra do Guarita
- WS Suites Hotel – Em Três Passos
- Hotel Cantele – Em Frederico Westphalen
- Hotel Aracê – Em Presidente Portela
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